sexta-feira, 20 de abril de 2012

What If?


Se te considerar só mais uma paixão
Nunca amei ninguém, nunca vou amar.
Indiferente pra mim, começo ou fim.
Tanto fez se perdi ou ganhei
Qualquer forma tô aqui!
Nadei nas lágrimas que derramei
Dancei nas fossas que escutei
Acho que amor é luxo ou lixo
Tô sem nada pra fazer, tempo pra perder.
Vou amar alguém, depois desamo.
Se me considerar mais um na multidão
Vou saber que alguém um dia vai errar
Indiferente pra mim, começo ou fim.
Tanto fez se li ou escrevi
As palavras não estão mais aqui
Deslizei no gelo do teu olhar
Caí, te derreti, pode chorar agora.
Tuas lágrimas poluídas de adeus
Quer fumar comigo, senta aqui.
Vou enganar alguém, depois desengano.
Porque ilusão eterna é morte
E já não estamos assim tão fortes
Se considerar seu, o mundo.
Não vai ver ninguém, nem enxergar.
Indiferente pra mim, começo ou fim.
Tanto fez se serviu ou se reinou
Qualquer forma, se enganou.
Comeu tudo o que plantou
Não amou ninguém, que pena.
Só mandou em quem criou

Poeminha boboca.


Só pra constar em sua lista de conquistas
Que aumenta a cada ano
Vou te dar uma pista
Eu te amo

Quantas peças de sua coleção
Perderam a razão
Quantas são repetidas
Você troca ou não

Você não presta, e eu amo tudo que faz mal.
Você me infesta, e eu acho isso normal.
Me empresta seu amor banal
E só me resta baixo astral

Nessa festa de amor carnal
Na orgia de suas fantasias
Sua alergia de minhas poesias
Você em luxúria e pecado
Eu quero amar e ser amado

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bloqueio Criativo Forever.


Você que fazia poesia
Que sentia e escrevia
O que restou de seus poemas?

De meus poemas restaram
Alguns versos descabeçados
Que não se justificam
Nem caminham lado a lado

Você sacrifica seus poemas
Se afoga em seus dilemas
Se entrega ao dia-a-dia
Se esquece da poesia

A poesia morreu quando comi a fruta
Perdi minha magia
Só me restou força bruta
Alergia da alegria

Por que se escraviza?
Por que capitaliza?
Por que não vive?
Volta a ser humano

Por que as ondas arrastam
As minorias e eu
Por que os poemas afastam
O que é meu e o que é teu

Não entendo
Resta algo poético ainda
Em ti, ou tudo se finda?
Se nada resta me rendo

Não sei, não sinto.
Não sei, não minto.
Por que o mundo, querido.
Faz de abstrato, concreto.
Por que meu orgulho ferido
Jaz de fato, desafeto.
E digo-lhe também
Que poesia e poema
Já disseram amém
E se conformaram
Com essa cena
De poeta sem poema