quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bloqueio Criativo Forever.


Você que fazia poesia
Que sentia e escrevia
O que restou de seus poemas?

De meus poemas restaram
Alguns versos descabeçados
Que não se justificam
Nem caminham lado a lado

Você sacrifica seus poemas
Se afoga em seus dilemas
Se entrega ao dia-a-dia
Se esquece da poesia

A poesia morreu quando comi a fruta
Perdi minha magia
Só me restou força bruta
Alergia da alegria

Por que se escraviza?
Por que capitaliza?
Por que não vive?
Volta a ser humano

Por que as ondas arrastam
As minorias e eu
Por que os poemas afastam
O que é meu e o que é teu

Não entendo
Resta algo poético ainda
Em ti, ou tudo se finda?
Se nada resta me rendo

Não sei, não sinto.
Não sei, não minto.
Por que o mundo, querido.
Faz de abstrato, concreto.
Por que meu orgulho ferido
Jaz de fato, desafeto.
E digo-lhe também
Que poesia e poema
Já disseram amém
E se conformaram
Com essa cena
De poeta sem poema

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