sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Travessia a minha sem fim
Quando chegar soe o alarme
Ouvir bem alto assim
E poder parar a dor enorme

Bebendo sua água, suor
Banhando-me na chuva
A cada passo, distância maior
E minhas mãos atadas em luvas

Se eu chegar e for miragem
E for só a sua imagem
Na paisagem que me engana
O pecado que profana

Na perda da sanidade
Encontrei a loucura
Esqueci minha idade
E o tempo não dura

Se na busca eu perco
E nos perdidos encontro
Por que te cerco
Com braços de outro?

Se digo e não faz sentido
Ouve e não entende
Deixa entrar em seu ouvido
Minha voz, e depois vende.

Rendo-me ao poema que fala
Roupa de renda que veste
E dança linda na sala
Aos olhos de cafajeste

Despe-se, que eu me despeço.
Te escrevi as palavras amontoadas
Leia-as alto, eu te peço.
Pra que sejam falantes e faladas

Um comentário:

  1. Tá ótimo!!!!
    Persista! Não faça como esta amiga aqui que anda fazendo postagens bissextas! =D
    Bj

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